Luz azul emitida por smartphones e tablets pode causar problemas de visão
A exposição crônica à luz
durante a noite leva a uma série de problemas de saúde. Para entender essa
afirmação é preciso considerar a evolução humana, conforme explica o médico do Instituto
de Oftalmologia de Curitiba, Luiz Fernando Fajardo de Andrade Lima. “Na Idade da Pedra, os seres humanos só eram
expostos a dois tipos diferentes de luz natural: durante o dia, tinha o sol,
enquanto à noite, havia a lua e as estrelas, e talvez a luz de fogueiras”,
afirma, complementando que quando está escuro, a glândula pineal (hipófise) no
cérebro produz o hormônio melatonina, que reduz a pressão arterial, controla a
glicose no sangue e a temperatura do corpo, além de ser responsável pela
regulação do bom sono.
Os nervos ópticos, quando
percebem a presença de luz, principalmente a faixa azul, mandam uma mensagem
para o cérebro dizendo que é a hora de acordar, elevando a pressão sanguínea, a
temperatura do corpo e liberando cortisol. “Isso
é ótimo de manhã, mas quando o uso da tela noturna convence nosso cérebro que é
de manhã e que ele não deve produzir melatonina, começa a causar estragos em
nosso corpo”, relata o médico.
Por ser tão brilhante, a luz
azul é amplamente usada em praticamente todos dispositivos de LED, incluindo
smartphones, tablets, notebooks e TVs. E por ser tão intensa, pode causar danos
aos olhos. “A iluminação artificial
noturna presente nas lâmpadas fluorescentes tem grande quantidade de espectro
azul, que eleva os níveis de cortisol, o que perturba o sono e desenvolve
problemas relacionados aos níveis de gordura corporal, resistência à insulina e
inflamação sistêmica”, declara Luiz Fernando.
Prevenção
Alguns estudos mostram que indivíduos
mais expostos à luz azul têm maior incidência de catarata, degeneração macular
senil e melanoma de úvea – câncer no fundo do olho. A prevenção ou redução da
exposição a raios ultravioleta pode ser realizada com lentes escuras ou até
mesmo transparentes, mas estas lentes não reduzem a absorção da luz azul,
enquanto o filtro amarelo é o mais eficaz para proteger contra os efeitos
oculares, apesar de não ser bonito esteticamente. Atualmente, algumas lentes
intraoculares utilizadas em cirurgias de catarata já vêm com filtro amarelo,
além do ultravioleta com a intenção de prevenir doenças.
Segundo o médico Luiz Fernando
Fajardo, uma maneira de se evitar a radiação da luz azul emitida por
smartphones e tablets é utilizá-los com uma distância de 25 a 30 cm dos olhos. “Evitá-los antes de dormir também pode ser
benéfico para a saúde ocular”, completa.
Serviço:
Instituto
de Oftalmologia de Curitiba - IOC
Av. Getúlio
Vargas, 1.500 – Rebouças
Curitiba –
PR
(41) 3322-2020
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