As mães são muitas, de Katixa Agirre, atualiza a tragédia grega Medeia em um thriller de tirar o fôlego
Pode parecer que tudo já foi dito sobre a experiência da maternidade e os seus lados mais sombrios. Entretanto, um olhar mais acurado perceberá que há muitos cantos para iluminar, como mostra o livro de Katixa Agirre - autora que revisita e atualiza a tragédia grega Medeia, de Eurípedes.
São Paulo, 2022 | Uma mãe assassina os próprios filhos gêmeos. Outra, a protagonista-narradora, prestes a dar à luz um filho, fica obcecada com o infanticídio e decide escrever a história como uma forma de tentar compreender e, também, para investigar se os amores são capazes de matar. Tecido com os fios de um verdadeiro thriller, o romance As mães são muitas é inovador e perturbador. Neste livro, a autora basca Katixa Agirre reflete sobre a relação entre maternidade e criação, construindo um diálogo literário delicado com autoras como Sylvia Plath e Doris Lessing – que já abordaram o tema em grandes obras. Como fio condutor, um questionamento incômodo: ser mãe é uma prisão? Sucesso editorial na Europa, a novela está sendo lançada no Brasil pela Primavera Editorial.
A fronteira mais terrível da maternidade é a matéria-prima deste romance de Katixa Agirre. “Meu primeiro impulso foi escrever sobre a maternidade, mais concretamente sobre o impacto dela na identidade. Depois, veio-me a ideia de escrever sobre uma mãe assassina de seus filhos. Abracei essa proposta de falar sobre uma anti-mãe, esse imenso tabu que desnuda as contradições da experiência de maternidade”, afirma a autora.
A obra, cujo título original é Las madres no, teve os direitos adquiridos pelas editoras Open Letter Books (Estados Unidos); Éditions Globe (França); Uitgeverij Zirimiri Press (Alemanha); e Amsterdam Llibres (Catalunha). Os direitos audiovisuais foram arrematados pela holandesa Escándalo Films. No país, o título já se encontra disponível nas principais livrarias.
TRECHOS DA OBRA |
Página 13
“[...] Os gêmeos não se moviam, mas não estavam dormindo. Os lábios roxos, a pele fria. Ambos sem roupas. O lençol ainda úmido.
– Agora estão bem – disse a mãe com voz serena, mas Mélanie deu um pulo, deixando de ouvi-la: lhe parecia uma voz terrível, insuportável.”
Página 22
“[...] Eu sabia que não tinha outra opção: devia encharcar-me dessa inquietude. Afinal, sou escritora, e esse é o único mandamento claro que temos. Mas no estado que me encontrava, era muito mais difícil entregar-me à minha obsessão.”
Página 113
“[...] Damas e cavalheiros do júri, antes de mais nada, inspirem, expirem relaxem a mandíbula. O melhor que podem fazer é não se escandalizar. Talvez o que vocês precisem agora seja um pouco de perspectiva histórica.”
FICHA TÉCNICA |
Título: As mães são muitas
ISBN: 978-65-86119-48-0
Autora: Katixa Agirre
Categoria: Ficção
Páginas: 202
Preço sugerido: R$ 49,90
| REPERCUSSÃO NA IMPRENSA INTERNACIONAL
_ VOGUE ESPANHA | https://www.vogue.es/living/
_ EL PAIS| https://elpais.com/elpais/
_ EL PERIODICO | https://www.elperiodico.com/
KATIXA AGIRRE |
Escritora de língua basca, Katixa Agirre é doutora em Comunicação Audiovisual e professora da Universidade do País Basco. Publicou as coletâneas de contos Sua falla zaigu (2007) e Habitat (2009); os livros infantis Paularen seigarren atzamarra, Ez naiz mermaid bat, eta zer? e Problema de Patzikuren. Foi colunista do Jornal de Álava, em Deia, Aizu! e na Argia. Em 2015, publicou o seu primeiro romance Atertu arte Itxaron1 (Elkar, 2015), que conquistou dois prêmios literários.
SOBRE A EDITORA |
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