Mulheres e a literatura: o feminino liberto

 


Para o mês das mulheres confira a lista de indicações de obras para todos os mais diversos tipos de gostos e reflexões

Muitas pessoas talvez não saibam, mas houve uma época em que a mulher era proibida de ler. Foi apenas no século XIX que os livros se tornaram comuns entre o feminino, pois antes disso, elas eram marginalizadas à educação e rotuladas de neuróticas e histéricas quando se atreviam a se entregar a uma boa leitura.

Isso, claro, se dá ao fato de que as mulheres dos séculos passados eram instruídas a cuidar da casa e dos filhos. Portanto, o estudo era desnecessário e sabemos exatamente o que acontece com uma pessoa que lê, ela simplesmente passa para outro patamar, o conhecimento traz liberdade, e não era isso que a sociedade queria para quem era designada às tarefas domésticas.

Isso foram águas passadas, agora, livres, toda e qualquer uma pode ter acesso a um bom dia de leitura, e se informar sobre mulheres lutadoras, sobre a própria saúde ou até mesmo ler um romance para se distrair. Para comemorar o mês das mulheres, fizemos uma lista com obras que vão levar às mulheres mais conhecimento e diversão.

 

- Torre das Guerreiras: 1970, São Paulo, Presídio Tiradentes: na ala dos presos políticos, as mulheres eram encarceradas num prédio alto, conhecido como a Torre das Donzelas. Foi lá que Ana Maria Ramos Estevão, estudante de Serviço Social envolvida com o movimento estudantil e a organização Ação Libertadora Nacional (ALN), passou nove meses de sua vida. Semanas antes, havia sido capturada pelos órgãos de repressão da ditadura brasileira, passando por torturas e interrogatórios. Este livro reúne as memórias de uma mulher que subverteu a delicadeza das “donzelas”, vivendo como guerreira num dos períodos mais sombrios da História do Brasil.

Editora: 106 Memórias/Fundação Rosa Luxemburgo

Autora: Ana Maria Ramos Estevão

Formato: 14x21 cm

Páginas: 192

Edição: 2022

 

- A História de Ruth: De seu nascimento na antiga Iugoslávia, passando pela Segunda Guerra Mundial até o desembarque no Brasil, a artista Ruth Sprung Tarasantchi encanta com sua história. Compreender o desejo de resgatar as memórias de quem passou por tantos lugares e transmitir os sentimentos da menina obrigada a deixar para trás sua casa, seu país de origem torna-se essencial ao momento que vivenciamos.  A história de Ruth, entremeia lindamente os desenhos de Ruth e suas histórias, e levará os leitores a se encantar.

Editora: KPMO & Cultura Acadêmica

Autora: Ruth Sprung Tarasantchi

Formato: 29×29 cm

Páginas: 240

Edição: 2019

 

- Climatério para Mulheres Modernas: Climatério é o último período preventivo da vida feminina, entre 40 a 65 anos, e última oportunidade para realizar o rastreamento completo e prevenir 80% das doenças que se originam na senilidade. Nesse período, a mulher apresenta um conjunto de sinais e sintomas que possuem como causa principal as amplas variações hormonais femininas. É recomendado o início dos rastreamentos multidisciplinares a partir dos 40 anos. Foi pensando em como contribuir com o empoderamento da mulher como protagonista da sua longevidade, e a pedido de pacientes, que o doutor Odilon Iannetta decidiu escrever este livro.

Editora: Vital (Pandorga)

Autor: Odilon Iannetta

Formato: 16x23

Páginas: 208

Edição: 2021

 

- Lésbia: Na sociedade patriarcal brasileira do século 19, as funções em geral reservadas às mulheres resumiam-se praticamente às de gestora do lar e mãe. A poucas era possível cumprir algum papel de destaque. Nascida no Rio Grande do Sul e criada no Rio de Janeiro durante a belle époque, Maria Benedita Bormann foi uma dessas exceções.

Editora: 106 (ficção)

Autora: Maria Benedita Bormann

Formato: 16x23 cm

Páginas: 176

Edição: 2021

 

- Ei, Você!: Anna Elizabeth Jones tinha tudo. Era linda, talentosa e vivia em um lar luxuoso de uma família rica de Manhattan, nos Estados Unidos. Mas, apesar das aparências, ela se descobre miserável. Em um ato de coragem, Anna toma o controle de sua vida e, no final, se vê sozinha ao chão da sala. Noah Collins tinha muitas cicatrizes, nenhuma na sua pele, todas na sua alma. Abandonado pelo pai quando criança, carregava consigo sentimentos obscuros e a sensação de ser inadequado para o que ele mais desejava na vida. Ele sempre amou somente uma única mulher e não suportou vê-la feliz nos braços de outro homem. Por isso, abandona tudo e todos, partindo para a Marinha. Dez anos depois, um acidente o faz retornar para sua cidade natal. Naquele momento, Noah já não era mais o mesmo garoto.

Editora: Pandorga

Autora: J. F. Lemos

Formato: 16x23 cm

Páginas: 288

Edição: 2021


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