Especial - Amor à distância

Essa publicação podia ser sobre o filme com a Drew Barrymore, mas eu confesso que não asssiti rs. Fica o trailer pra quem quiser saber mais.

Costumavam me perguntar como eu fazia para namorar a distância, dizer que isso não existe etc. Bom, hoje eu gostaria de exemplificar para tornar isso mais tangível. Pense em seu namorado ou, se não tiver, pense em seu melhor amigo. Digamos que ele quer muito uma coisa... um intercâmbio.

É claro que você vai dar apoio, não? Se a pessoa está apreensiva com o teste de proficiência e você conhece alguém que fez e passou, é claro que você vai fazer os dois conversarem, ou pedir dicas a essa pessoa e repassar para o seu amigo, você não vai pensar "ele tem que passar por isso sozinho" e se ausentar durante todo o processo.

Pois bem, está tudo certo para a viagem. Ele sentiu tanta alegria, mas também ansiedade, um pouco de medo do desconhecido. Bateu uma tristeza, vai precisar se despedir da família, ficar longe por um bom tempo. Você continua apoiando. Você conhece aquela pessoa, sabe que ela vai passar por dificuldades, mas queria tanto aquela viagem que vai dar um jeito. Não tem como não ficar feliz ao ver alguém que você gosta dar um passo como esse: algo que fará diferença na carreira, que vai modificá-lo por dentro, algo, acima de tudo, que ele desejava e lutou para conseguir. Lutou estudando, trabalhando, o que for: fez sacrifícios.

Mas uma coisa te aflige: você vai ficar para trás, não vai? Ele vai embora. Vai embora e não é por algumas semanas. Você vai perder aquela sua companhia indispensável. É nesse momento que você aprende que o amor não é uma moeda. Você não dá e recebe como quer, quando quer, do jeito que quer. Você não pode ser egoísta. O amor é uma construção permanente e que te surpreende com o que alcança.

Assim, chega o dia. Talvez você até ajude a fazer as malas na noite anterior. Você o abraça, beija, olha para aquela mala enorme e sabe que vai demorar, apesar de não estar claro se a ficha caiu ou não, mesmo ao perdê-lo de vista no setor de embarque. Você não sabe bem a falta que uma pessoa vai fazer na sua vida, até ficar sem ela. Você não entende que ela realmente foi embora até perceber os dias passarem sem ela, independente da sua vontade de vê-la, ou de como costumava ser.

E é aí que vem duas surpresas. A primeira, o baque dos dias se arrastando sem a pessoa. Isso varia para cada um, mas a verdade é que todo mundo sente, de alguma forma. A segunda, ele percebeu o seu apoio, o seu carinho, a sua compreensão e, não, ele não vai te esquecer ou te deixar para trás. Mesmo ele, que não é de falar sobre o que sente, também vai te surpreender com uma mensagem dizendo que sente sua falta. É essa a verdade, o que vocês sentem um pelo outro não passa, e isso sustenta a sua relação.


Amor não morre. Se você não cuidar por muito tempo, o sentimento murcha aos poucos, como uma flor negligenciada, até secar totalmente. Mas se você deixar chegar a esse extremo, não era amor. Alguém tinha um afeto e você não retribuía, e acabou. É outra coisa que eu entendi.

Mas eu achei o amor. E assim, nesse passo marcado por reencontros e despedidas, eu completo três anos de namoro. Nos apoiamos, nos ajudamos no que podemos e não temos a ilusão de que somos perfeitos. Combinamos até quando somos opostos, eu estourada, ele muito calmo etc e tal. E, com nosso amor, continuamos, esperamos.

Momento "own":


Espero ter saciado a curiosidade de muitos, refletido o pensamento de quem passa pela mesma situação, e deixado vocês curiosos sobre o filme.